Diário da Quarentena-1

Pois é, cá estou eu! Neste momento estás-te a perguntar "ah e tal esta agora dois anos depois resolveu voltar?!", "Ah e tal passou-se da marmita?!", pois é voltei. Não vou dizer que nunca tive saudades porque varias vezes as senti mas a inércia da vida e da alma não me deixou fazê-lo. Acho que hoje e neste momento da vida é a altura ideal para voltar. A pandemia faz destas coisas, faz-nos pensar em coisas na vida que adorávamos e que perdemos ou que deixámos para trás e que não fez sentido nenhum. Sinto saudades, saudades simplesmente. Sou sincera que ainda há minutos dei por mim a pensar, já nem me lembro bem a idade deste blog mas lembro-me perfeitamente porque o criei, o que queria na altura. Lembro-me da primeira vez que fiz um post, incentiva por aquele que hoje é meu marido e o meu melhor amigo o L, que o nome não começa nada por L mas que estas coisas de ter a identidade resguardada me levou a inventar. O meu blog é o meu diário e sempre foi, quer diário de parvoíce, (sim do alto dos meus 35 a parvoíce nunca me largou nem vai largar), quer diário de vida diária, quer diário de sonhos. O meu blog sou eu e por isso mesmo nunca fui capaz de me desfazer dele e por isso mesmo aqui estou. 
Neste momento estamos a viver uma situação que ninguém esperou viver, que fez parte de muitos cenários de filmes que assisti  e uma das coisas boas é fazer-nos pensar um bocadinho sobre a vida, sobre as ações, sobre as pessoas que amamos, sobre aqueles que perdemos pelo caminho. 
Trinta dias depois de estar encerrada em casa posso dizer-vos que já me trouxe tanta coisa boa. Estão vocês agora a pensar, "pronto voltou e veio doida?!", " agora vem para aqui dizer que este vírus e esta pandemia em que nos encontramos é uma coisa boa?!". Pois é, para mim já foi, voltei a  falar com amigas que não falava há mais de 10 anos, com que vivi tanta coisa boa, tanta maluquice, voltei a falar com outras que perdi há menos tempo. Voltei a ver a vida de forma mais simples, não pensar no amanhã mas no aqui e agora. Voltei a dar valor a tudo, até a um simples macaco no nariz!
Se já me chateei nesta quarentena? Claro que sim, mas no minuto seguinte fiz as pazes e segui em frente! Hoje escrevo este post com um sorriso nos lábios, um PC no colo, uma filha linda ao lado a ver um filme de animação e um marido a tentar salvar o mundo, num jogo ranhoso de PC.
Que comece esta crónica do diário da quarentena e quem ainda ler este blog meio morto comente este post só para ter a certeza que há vida ainda por aqui.



3 comentários

  1. Nunca estarás só. Que saudades! Ainda bem q voltaste ❤

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  2. Oh, que bom que voltaste. Ainda aqui estou prontinha para te ler ❤️ a quarentena e as amizades resultam muito bem, está visto 😊

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